Eles também reivindicaram regras claras sobre negociações coletivas e a regulamentação do direito de greve
No dia 12 do corrente mês, representantes de diversas categorias de servidores públicos criticaram em audiência pública na Câmara dos Deputados, a maneira como o governo federal vem conduzindo as mesas de negociações sobre reajustes salariais e reestruturação de carreiras. Durante o debate promovido pela Comissão de Administração e Serviço Público, eles sugeriram a definição de regras claras sobre negociações coletivas na administração pública e a regulamentação do direito de greve.
Segundo os representantes de sindicatos e associações de servidores, o governo Lula acertou ao abrir as mesas de negociação após um período de “desmonte” e “sem reajustes”, mas acabou frustrando grande parte do funcionalismo ao longo do processo.
Entidades criticam o andamento negociações, ressaltando que “foram mal conduzidas”. Relatou ainda sobre a imposição de um “contrato de adesão”:
“A negociação foi malconduzida e um contrato de adesão foi jogado na mesa assim: assina, senão você está fora. Isso foi feito conosco e com várias entidades, que foram submetidas a essa pressão”, dizem.
Representantes defendem regras claras para a negociação salarial no serviço público, incluindo a regulamentação do direito de greve. “Precisamos fazer tramitar então a lei de negociação coletiva no serviço público, com regras bem definidas, a lei do direito de greve, e, por fim, a lei da organização sindical”, acrescentam.