
Mais do que a busca por um corpo em forma, praticar atividades físicas regularmente é uma das mais importantes medidas para manutenção da saúde e longevidade com qualidade de vida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 5 milhões de mortes poderiam ser evitadas por ano em todo o mundo, se a população fosse fisicamente mais ativa.
Mas qual a relação entre a atividade física e a saúde como um todo? Quais benefícios esse hábito pode trazer? Quais doenças poderiam ser evitadas?
As respostas para essas e outras perguntas você encontra logo abaixo:
Dados do estudo Global Burden of Disease mostram a inatividade física como o 2º fator de risco de morte na população brasileira, perdendo apenas para a hipertensão arterial.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 40% dos homens e 50% das mulheres no Brasil não realizam o mínimo de atividades físicas recomendadas pela OMS, que é de 75-150 minutos de atividades físicas intensas por semana ou de 150-300 minutos de atividades moderadas.
Esses mesmos dados revelam que o sedentarismo é responsável por cerca de 15% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS).
A preocupação dos órgãos de saúde é tamanha com esse tema, que o Ministério da Saúde lançou o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Nesse guia você encontra informações e orientações sobre quantidades, intensidades e exemplos de atividades físicas aeróbicas, de força e de equilíbrio, além de diversas dicas de como ter um estilo de vida mais ativo e saudável.
Como as atividades físicas ajudam na manutenção da saúde?

Hoje, os exercícios físicos fazem parte das medidas de prevenção e tratamento de quase 30 doenças crônicas, entre elas as doenças cardiovasculares (AVC, infarto, hipertensão, insuficiência cardíaca), síndromes metabólicas (diabetes, sobrepeso e obesidade), osteoporose (ao fortalecer a estrutura óssea) e problemas circulatórios (varizes e trombose).
Além disso, se desejamos preservar nossa capacidade funcional ao longo de toda a vida, é essencial manter uma boa saúde óssea, cardiovascular e muscular. É por meio desse “tripé do bem-estar” que podemos gozar de uma boa qualidade de vida inclusive na velhice.
E não é só o corpo que se beneficia das atividades físicas. A prevenção e o tratamento de diversas doenças neurológicas e emocionais também se beneficiam de uma rotina regular de exercícios.
Ao nos mantermos ativos, melhoramos ou conservamos nossa capacidade de raciocínio, reduzimos as chances de problemas a perda de memória e demência, como Alzheimer e outras condições associadas ao envelhecimento do cérebro. Isso sem falar nos benefícios contra quadros de depressão e ansiedade.
Além disso, a medicina hoje tem avançado para conhecer outros benefícios das atividades físicas, que antes não eram considerados, como nas doenças do fígado (esteatose hepática não alcoólica), doenças reumáticas (como lúpus e artrite reumatóide).
Vale dizer que, nesses casos, as atividades físicas tratam o problema em si, mas também melhoram as condições gerais de saúde e bem-estar do paciente, favorecendo bastante os tratamentos dessas outras condições.
Como incluir atividades físicas em sua rotina?
O primeiro passo para quem está sedentário é avaliar quais atividades lhe agradam e dão prazer. A chave para uma boa adesão a qualquer programa de atividade física é ter satisfação em realizá-lo.
1. Qual atividade fazer?
Vale começar caminhando, correndo, pedalando, fazendo natação, realizando musculação ou, até mesmo, dançando. Isso mesmo! O mais importante aqui é que você saia da inércia e inclua em sua rotina esse momento de cuidado pessoal. Mas, de preferência, busque o auxílio e a orientação de um educador físico para esse início.
Caso possa contar com outros parceiros nessa empreitada, melhor ainda. Sabe-se hoje que a adesão e a manutenção a atividades físicas é maior quando contamos com companheiros de treino.
2. A importância da avaliação prévia

Se você está há muito tempo parado, está com sobrepeso ou obesidade, tem mais de 40 anos ou pertence a grupos de risco para doenças cardiovasculares, é importante passar por uma avaliação prévia com clínico médico ou cardiologista.
Nessa avaliação, serão avaliadas suas condições gerais de saúde, podem ser solicitados exames para avaliar a capacidade do seu coração no momento, além de serem sugeridas opções de atividades que sejam mais adequadas e seguras à sua realidade.
Conte também com o suporte de um educador físico para orientar sobre as técnicas de treino e garantir sua segurança na execução.
3. Conte com o apoio do (a) nutricionista
Mesmo que seu objetivo, ao iniciar uma atividade física, seja emagrecer, ganhar massa muscular ou reduzir os riscos de doenças cardiovasculares, contar com o apoio de um (a) nutricionista é sempre algo bem-vindo.

Com o apoio desse (a) profissional, o caminho até seus objetivos certamente será mais eficaz, o que te fará ter mais satisfação em seus exercícios.