Associados, atenção às taxas de juros cobradas no empréstimo consignado!

Notas De Real
O associado tem que tomar muito cuidado ao optar pelo consignado, visto que (a maioria) possui outras despesas — alerta o economista e professor da Facha, Ricardo Macedo.

As taxas de juros cobradas pelos bancos no crédito consignado — modalidade que ganha cada vez mais adeptos no país — podem ser checadas no site do Banco Central (https://bit.ly/3gV08SR), antes que o interessado assine um contrato. O EXTRA listou algumas instituições financeiras que oferecem essa opção de crédito aos servidores públicos e comparou as condições. Os juros variam de 1,63% ao mês, no Banco Santander, a 4,16%, no Banco Master. Ao ano, essas taxas são de 21,42% e 63, 17%, respectivamente.

No caso dos servidores públicos federais, é importante destacar que os 45% de comprometimento da margem (percentual máximo do salário mensal que pode ser comprometido com o pagamento da parcela do empréstimo) ainda não estão valendo, apesar da recente aprovação no Congresso Nacional, pois depende de sanção do presidente. Vale dizer ainda que os juros apurados pelo BC são referentes ao período de 9 a 16 de novembro deste ano.

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No Banco Bradesco, o juro mensal está 1,83%, e o anual, em 24,38%. Já no Itaú Unibanco, o servidor vai pagar 1,69% (mês) e 22,29% (ano). Na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil, ambos bancos públicos, as taxas estão 1,73% e 1,85% ao mês, e 22,90% e 24,67% ao ano, respectivamente.

O queridinho dos consignados, o BMG, está cobrando 1,94% ao mês e 25,86% ao ano.

— O servidor tem que tomar muito cuidado ao optar pelo consignado, visto que possui outras despesas — alerta o economista e professor da Facha, Ricardo Macedo.

Cancelamento do empréstimo

Por uma série de razões, é possível que, após contratar o consignado, a pessoa queira ou precise deixar de pagar as parcelas do empréstimo, seja por tempo parcial, seja em definitivo. Para tanto, é importante saber quais as opções disponíveis legais para deixar de pagar o empréstimo consignado.

Os servidores públicos de todas as esferas têm alternativas para excluírem do orçamento familiar as parcelas do consignado.

De acordo com a legislação, existem situações que autorizam deixar de pagar o empréstimo consignado. São elas: desistência, mas tem que devolver todo o valor em um prazo de sete dias; cancelamento por fraude, neste caso o melhor é entrar em contato com a instituição financeira que está realizando os descontos indevidos e informar o ocorrido. Também é recomendável registrar um Boletim de Ocorrência na polícia. Em caso de falecimento do tomador, o crédito é cancelado.

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Publicado em: 8 de dezembro de 2022